Saudações torcedores e torcedoras do laranja e azul de Denver! Todo mundo sabe que quarta-feira é dia de Big Mac… E aqui no Mile High Brasil não será diferente. Vamos conhecer um de nossos novos jogadores adquiridos no período de free agency, o defensive tackle Clinton McDonald. O apelido dele não é Big Mac sem motivos.

Clinton McDonald nasceu em Jacksonville, Arkansas, no dia 6 de janeiro de 1987. O defensive tackle de 31 anos é filho de Larry e Bonnie McDonald e jogou futebol americano e basquete na Jacksonville High School.

Carreira no College

Em 2005 se juntou à Universidade de Memphis, onde foi um dos únicos seis calouros a jogarem naquele ano. McDonald atuou em 12 jogos como calouro. Em seu segundo ano, ele novamente atuou nos 12 jogos disputados por Memphis, sendo que em dez deles, atou como titular. Como um junior (terceiro anista), McDonald foi selecionado como um capitão do time.

Ele foi nomeado um dos defensores de Memphis do ano de 2007 e recebeu uma menção honrosa da All-Conference USA. Ele iniciou todos os 13 jogos de 2007, chegando a 37 partidas jogadas consecutivas e liderou o time em tackles para perda de jardas (9,5 para 31 jardas negativas), registrou quatro sacks e foi o quinto do time em tackles (55).

Em 2008, McDonald chegou a 44 jogos consecutivos com os Tigers, mas a sequência foi quebrada devido a uma lesão no tornozelo. Mesmo assim, ele deixou de jogar em apenas dois jogos dos treze da temporada. McDonald foi o 37° nacionalmente em sacks por jogo. Ele terminou em terceiro na Conference USA em sacks e empatou na vigésima posição em tackles para perda de jardas, além de liderar o time em sacks, ser o segundo Tiger em tackles para perda de jardas e sétimo em tackles. Ao final de sua temporada como um senior, ele se declarou para o Draft da NFL.

Curiosidade: Ronald Leary (G) foi colega de time de McDonald em Memphis.

Carreira na NFL

Clinton não foi convidado para o Combine, mas em seu Pro Day, ele mediu para 6’2” (1m88), 283 libras (128 kg), correu as 40 jardas em 4,83 segundos e fez 36 repetições no supino. A espera de McDonald no Draft foi longa, sendo escolhido pelo Cincinnati Bengals na sétima rodada do Draft de 2009 (escolha 249). Após passar seu ano de calouro no practice squad, Clinton foi convidado para os training camps dos Bengals em 2010, mas voltou ao practice squad. Mas em novembro ele entrou no roster ativo pela primeira vez na carreira, atuando em oito jogos e anotando 4 tackles.

Em agosto de 2011 foi trocado com o Seattle Seahawks, quando jogou em 15 jogos, sendo um como titular. Em 2012, McDonald viu o campo com maior frequência, sendo muito usado na rotação da linha defensiva dos Seahawks. Ele atuou em 14 jogos da temporada regular e anotou 25 tackles totais (17 solo), além dos dois jogos de pós-temporada, onde fez 3 tackles e recuperou um fumble. No ano seguinte ele reassinou com Seattle em um contrato de 1 ano (630 mil). Foi também em 2013 que McDonald teve sua primeira interceptação contra o QB Matt Cassel dos Vikings e esteve no Super Bowl XLVIII quando os Seahawks derrotaram os Broncos de Peyton Manning.

Em 2014, o free agent Clinton McDonald chegou a Tampa, assinando contrato de 12 milhões de dólares válido por quatro anos. Ele foi nomeado titular como defensive tackle e teve uma temporada produtiva, com 46 tackles totais, 35 tackles solo, 5 sacks e uma interceptação, até que lesões o impediram de jogar até o final da temporada.

Nos demais três anos de contrato, McDonald não atuou em nenhuma temporada completa, sendo segurado por lesões. Em 2015 ele atuou em seis jogos e anotou 21 tackles totais. No ano seguinte foram 12 jogos, 3,5 sacks e 25 tackles totais. Ano passado foram 14 jogos, sendo apenas 3 como titular. Ele conseguiu 5 sacks, 1 passe defendido e 18 tackles totais.

Em suas oito temporadas de NFL, McDonald anotou 240 tackles, 19 sacks, 44 hits no quarterback, duas interceptações, seis passes desviados e cinco fumbles recuperados.

Denver Broncos

No dia 21 de março de 2018, Clinton McDonald assinou um contrato de 2 anos e $7 milhões com o Denver Broncos.

Com a contratação, os Broncos adicionaram profundidade à rotação da linha defensiva e competição aos special teams. Clinton atuava como defensive tackle em todos os times anteriores, mas esta será sua primeira experiência no sistema 3-4, onde é possível que seja movido para defensive end.

Com 31 anos, 1,88 metros de altura e 297 libras (135 kg), McDonald deve ser muito utilizado em jogadas com pass rush, terceiras descidas e em situações óbvias de passe, já que não é tão efetivo contra o jogo corrido e geralmente cai de produção quando forçado a jogar muitos snaps. Ele pode trazer o fator pressão pelo miolo da linha que estava faltando, o que pode facilitar a vida dos OLBs – leia-se Von Miller – já que desde a saída de Malik Jackson, o pass rush pelo meio foi pouco efetivo, o que sobrecarregava os rushes pelas laterais.

Fora de campo Clinton pode cumprir um papel ainda maior do que dentro: ele foi o indicado ao Walter Payton Man of The Year pelos Buccaneers em 2017 e deve continuar a desenvolver seu trabalho comunitário em Denver.

Com Jared Crick e Billy Winn se tornando free agents esse ano, Adam Gotsis enfrentando problemas com a justiça e a quantidade de lesões que atingiram nossa linha defensiva em 2017, toda ajuda é bem vinda. Ainda mais quando se chega cheio de vontade de contribuir.

Quer dizer, quem não gostaria de ser um Bronco? Eles tem uma forte base de fãs, em primeiro lugar. Eles são um time lendário. Sabendo que John Elway e Terrell Davis e alguns outros caras, eles construíram essa cultura, aquele estilo de jogo em Denver. Isto intriga você a querer ir lá e verificar isso e ser parte de uma grande organização.

E você torcedor/torcedora, o que espera do Big Mac?